Itapema – Quem nunca entrou em um consultório odontológico, olhou para aquelas paredes brancas, sentou na cadeira desconfortável e, de quebra, tinha como música de fundo aquele zunido do aparelho utilizado pelo dentista? Difícil encontrar alguém que não tenha passado por isso, não é?!
Pensando nesses detalhes é que os profissionais da Augen Arquitetura, Design de Interiores e Engenharia – Marli Scarpari, Phellipe Paroschi e Juliana Conti – dão dicas importantes a quem trabalha na área da saúde, levando em conta, principalmente, o bem-estar dos pacientes. O objetivo é fazer com que você acerte no projeto de sua clínica e tenha o ambiente dos seus sonhos.
Segundo a arquiteta Marli Scarpari, a Augen trabalha de uma forma personalizada, ouvindo atentamente o cliente e direcionando o projeto conforme sua necessidade. Em relação aos trabalhos feitos em clínicas médicas, odontológicas, estéticas, de psicologia, entre outras, ela destaca o valor dos sentidos.
“O que tem trazido um grande diferencial [aos projetos] é que pensamos muito em como o paciente vai se sentir nesse ambiente. Por conta disso, trabalhamos com os sentidos, com as sensações”, diz.
Você deve estar se perguntando: – Como um projeto arquitetônico pode mexer com as minhas sensações? Calma aí, que a própria Marli responde:
“Precisamos criar um espaço em que todos se sintam bem. Quando o paciente chega ao consultório, senta e fica aguardando a sua vez, a sensação que ele deve sentir é de calmaria e, mesmo tendo de esperar, o tempo no relógio passa rapidamente”, comenta a arquiteta, que ressalta:
“Essas sensações começam a partir da distribuição do mobiliário, que gera um conforto visual. Depois, a iluminação e as cores dão o toque final”, complementa Marli.
Clínicas e a Iluminação
E por falar em iluminação, aqui também é necessário que você acerte no projeto de sua clínica. E muito bem! Nos ambientes de fluxo, como a recepção, sempre se trabalha com lâmpadas que remetam ao conforto, já citado pela profissional. De acordo com ela, opta-se por uma iluminação mais quente, com lâmpadas de 3000K, um nível mais baixo de luminância que tem como conceito sofisticação e aconchego.
Já para os consultórios, trabalha-se com lâmpadas entre 4000K a 6000K, por serem áreas que necessitam de bastante luz.
Quais cores usar em uma clínica?
Entre todos os cuidados para garantir conforto e bem-estar ao paciente, está também a especial atenção com as cores. Conforme Marli, para as clínicas de saúde em geral, a cartela de tons neutros é a mais indicada.
“Não existe um padrão [de cores]. O cliente vem com a ideia e a Augen Arquitetura personaliza isso a ele. Mas, para esse segmento, o ideal são cores mais claras”, diz. Vale lembrar que no caso de centros cirúrgicos exige-se que as paredes sejam pintadas de branco.
O que também pode deixar o local de trabalho ainda melhor são detalhes em madeira, que podem ser usados tanto na recepção quanto nas salas de consulta, exceto de procedimentos. A opção é uma das preferidas de Marli, que conta o porquê: “Além do conforto, a madeira traz ao paciente, inconscientemente, a sensação de segurança e de confiança”, aponta.
Clínicas também têm normas e precisam ser seguidas
E não é apenas o visual a preocupação da Augen Arquitetura, pelo contrário. Como qualquer outro estabelecimento comercial, normas devem ser respeitadas e colocadas em prática. E isso é mais um ponto fundamental para que acerte o projeto de sua clínica.
De acordo com o arquiteto Phellipe Paroschi, a NBR 9050, que versa sobre acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, é a que rege os projetos.
“O público nas clínicas é bem variado e muitos usam muletas, andadores, cadeiras de rodas […]. Precisamos prever algumas situações e evitar que problemas aconteçam”, afirma.
Além disso, antecipar, mesmo antes do funcionamento efetivo do local, o percurso que os profissionais vão fazer durante o dia a dia, é fundamental. Para explicar isso, Paroschi usa um exemplo bem prático:
“O médico, depois que coloca as luvas, não pode mais ter contato com nada, apenas ficar com as mãos para cima. Por isso, a forma de acionar as torneiras, o abrir e fechar das portas, entre outros detalhes de um centro cirúrgico, precisam estar alinhados com essa dinâmica. E é levando tudo isso em conta que fizemos os projetos”, relata.
O arquiteto orienta ainda sobre instalação de canos, ares-condicionados e tubulações. Em relação à climatização, não se deve ligar os aparelhos aos drenos do esgoto comum. Caso contrário, há o risco de mau cheiro no ambiente. Infelizmente, essa prática é mais habitual do que se imagina, mas deve ser excluída de qualquer projeto.
Aproveite para conferir mais sobre o trabalho dos profissionais pelo link AUGEN Arquitetura, Design de Interiores e Engenharia. Por aqui, você também pode requisitar um orçamento e começar a dar forma aos seus sonhos.
Fonte: Construir.aí | Marina Kessler
Fotos: Augen Arquitetura
