Você sabe o que é Design Biofílico? Saiba os impactos em seu bem-estar

Design Biofílico

Criciúma – Dos exuberantes cenários míticos dos Jardins Suspensos da Babilônia ao paraíso prometido do Jardim do Éden, reflete-se no imaginário do ser humano a forte influência das paisagens e da presença do verde na formação deste ser social e cultural.

As ideias, imagens e fantasias possíveis em meio a um ambiente voltado à observação e contato direto com vegetações, inseridas no contexto da urbe, tratam de reconectar esse mesmo ser, que evoluiu cognitivamente, na maior parte de sua trajetória, em meio as relvas e selvas outrora gerados pela força selvagem da natureza.

E é nessa via que se delineia o Design Biofílico, categoria do paisagismo que vêm integrar a natureza a espaços urbanos de convívio. Vasos cerâmicos, jardins verticais, mosaicos de folhagens, objetos que reproduzem superfícies e texturas naturais são alguns dos inúmeros recursos encontrados para afirmar um ambiente pautado na essência do mundo natural.

Design Biofílico
Ilustração hipotética dos famosos jardins suspensos da Babilônia

Entenda mais o conceito de Design Biofílico

O conceito de Design Biofílico vai muito além do arranjo de plantas em um espaço privativo ou social. Abrange o aproveitamento das potencialidades dos recursos subsidiados pela própria natureza.

Imagine uma casa planejada para aproveitar a iluminação da luz do dia, a ventilação das brisas do fim de tarde, e cada cômodo desfrutando de sua pequena floresta particular. Com forte viés funcional, o Design Biofílico conecta o paisagismo para além dos jardins externos, busca aproximar as pessoas à natureza, adaptando-se às mais variadas dimensões que projetos arquitetônicos podem abranger, desde apartamentos e casas com pouco pátio, até a escritórios e espaços públicos.

Design Biofílico
Soul Garden House, por Spacefiction Studio

Menos estresse no trabalho e mais produtividade

Em 2016, a OMS (Organização Mundial da Saúde) promoveu uma webconferência onde o foco foi o impacto do estresse no trabalho na saúde e produtividade dos profissionais, e possíveis medidas para reduzir o problema.

Foram elaboradas diretrizes para sanar essa questão: ações como a promoção do empoderamento do trabalhador, pesquisas de satisfação, assim como a adoção do conceito da OIT (Organização Internacional do Trabalho) de “trabalho decente”, cujos elementos incluem emprego justo, respeito pelos direitos humanos, regras laborais, proteção ao meio ambiente, transparência e diálogo social.

Estes aspectos vem diretamente de encontro com as vantagens da adoção do Design Biofílico. Dados oriundos de estudos da universidade australiana Queensland demonstram que um escritório com plantas pode aumentar em até 15% a produtividade dos funcionários. Neste mesmo estudo, foi realizado um experimento, onde, por dois meses, foram monitorados os níveis de produtividade dos empregados, além de entrevistas realizadas com pessoas para saber suas percepções sobre a qualidade do ar, concentração e satisfação no ambiente de trabalho. Como resultado, eles se mostraram mais satisfeitos e afirmaram ter percebido melhor qualidade no ar e nos ambientes em que haviam plantas.

Design Biofílico
Escritório corporativo com conceito biofílico

Tendência que traz a natureza aos ambientes

Essa tendência não vem para substituir outro estilo, mas para adicionar uma nova energia aos modelos já existentes, e principalmente, promover uma quebra na velha concepção de que apenas à estética estampada ou artificialmente da natureza é suficiente. Essa nova tendência chegou para internalizar ainda mais a natureza no espaço, trazer para dentro dos apartamentos, escritórios e ambientes de intenso convívio social.

Vale pontuar que no Design Biofílico são utilizadas exclusivamente plantas naturais de diferentes espécies para ambientes fechados e semifechados. Elas passam por um processo de domesticação em que são inseridas num contexto de fatores como nutrição, iluminação e espaços, controlados até atingir um comportamento condizente com as necessidades dos ambientes em que está sendo acomodado.

Uma vez adaptada, essa vegetação – que pode ser samambaias, alocasias, peperômias ou zamioculcas, por exemplo – elas certamente prosseguem com seus ciclos normalmente. Necessitam de podas periódicas, observando seus aspectos de evolução no ambiente.

A irrigação, por sua vez, é comumente diária, podendo algumas espécies serem irrigadas com menor frequência, como é o caso das populares suculentas. Portanto, no Design Biofílico não são apenas aspectos de beleza que as plantas proporcionam aos ambientes, são também promotoras de experiências únicas que permitem estímulos sensoriais e consequentemente, bem-estar.

Fonte: Theo Arquitetura | Juliano Juliani
Fotos: Divulgação

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