Saiba quais são os modelos de edifícios predominantes no litoral de Santa Catarina

Edifícios Balneário Camboriú

Balneário Camboriú – Os edifícios residenciais ganharam aspectos funcionais e estéticos para atrair novos moradores, principalmente nas cidades litorâneas de Santa Catarina.

Destacam-se as cidades de Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí, por conta de sua intensa concorrência imobiliária quando o assunto é empreendimento residencial. O perfil de quem adquire este tipo de imóvel são investidores, veranistas e moradores locais que procuram conforto e segurança.

Os projetistas desses “arranha-céus” são exigidos por seus clientes – construtoras e empreendedores – a desenvolver moradias verticais altamente tecnológicas. Todas elas com uma linda vista para a exuberante paisagem natural, além de economia na execução dos projetos.

Com o aquecimento no setor imobiliário nas cidades citadas, a concorrência já se inicia nos escritórios de arquitetos e engenheiros, contratados para projetar as edificações.

Os imóveis de alto padrão no litoral catarinense, segundo o arquiteto Carlos Vinicius Bortolato, sofreram alterações conceituais durante o tempo. Os primeiros apartamentos beira-mar disponibilizados aos moradores dispunham de apenas uma vaga de garagem e instalações para empregadas domésticas.

Entenda os detalhes dos edifícios

As cozinhas e lavanderias estão situadas na região posterior do imóvel e a área de serviço possuía um dimensionamento mais generoso.  Ainda podemos comentar sobre o excesso de pilares e vigas dispostos pelos apartamentos, onde os vãos entre esses elementos estruturais eram menores. Com o avanço tecnológico na execução de pilares, vigas e lajes, os vãos ficaram maiores, o pé-direito mais alto e consequentemente, os ambientes mais livres.

Os apartamentos atuais de nível alto padrão perderam a dependência de empregada. A cozinha foi deslocada para a frente do imóvel, integrando-se com sala de jantar e sala de TV, a área de serviço foi diminuída pela metade – conta com espaço apenas para um tanque de lavar roupas e uma máquina -, as sacadas foram extintas, as churrasqueiras são a gás e as garagens contam com três vagas por unidade no mínimo.

No setor comum do condomínio dos edifícios antigos, o máximo que o condomínio dispunha era de uma piscina e um salão de festas. Como comentado anteriormente, o aquecimento do mercado imobiliário exigiu que as diferenciações na área de lazer do empreendimento trouxessem as salas de projeção (cinema), sala de jogos, mais de um salão de festas, academia, playground, piscina aquecida, entre outros serviços.

Consequentemente, o valor do condomínio acompanhou o aumento de opções na área de lazer dos edifícios, que em alguns casos, se equivalem ao valor de um aluguel em um belo apartamento médio no centro de Balneário Camboriú.

Disputa pela venda de imóveis

Mas, a disputa pelas vendas dos imóveis não para por aí. Em primeiro lugar, diversos empreendimentos visam conjugar acessos terrestres, aéreos e marinhos, como os edifícios marinas.

O setor estético sofreu grandes avanços em relação aos materiais aplicados em fachadas e acabamento internos. Iniciando pelo lado externo da edificação, os revestimentos cerâmicos, também conhecidos como pastilhas, eram bastante utilizados nas paredes de fora. Porém, com o tempo foram perdendo espaço em decorrência dos inúmeros problemas de manutenção, como as infiltrações.

É possível constatar em um rápido passeio pelos centros das cidades que os edifícios, sendo mais antigos ou os novos, não utilizam mais esse revestimento externo. Alguns anos atrás surgiu a texturização dessas paredes, e como resultado, deram uma maior vida útil e menos custo de manutenção aos condomínios.

A novidade é certamente a aplicação de placas cerâmicas sobre a alvenaria, que diminui o tempo de execução com os serviços de aplicação de reboco e pintura. O nome dessa técnica é Fachada Ventilada, e contribuiu com o conforto térmico da edificação. Isso porque uma vez que as placas cerâmicas são fixadas em montantes de alumínio, deixam um espaço entre elas, tanto nas laterais, quanto nos lados superior e inferior. Por sua vez, criam dessa maneira, uma micro-passagem de ar.

Estética dos edifícios

Outra novidade e com grande apelo estético – pois chama atenção pelo partido arquitetônico mais contemporâneo – é a pele de vidro. Antes, somente utilizado em edifícios comerciais, as fachadas de vidro foram implantadas nas edificações residenciais com o objetivo também de ampliar a visão de quem está dentro do imóvel, já que possuímos belas paisagens.

Para evitar um super aquecimento no apartamento, os vidros também sofreram alterações tecnológicas, para o conforto acústico e térmico dos moradores. Fica aqui a observação sobre alguns aspectos pessoais: na opção da aplicação de peles de vidro, através do sistema de abertura das janelas (muitas utilizam o sistema máximo-ar) e a falta da sacada.

Sobre a questão de segurança dos edifícios residenciais, destacam-se, sem dúvida, as inovações em sistemas de monitoramento e leitores biométricos para acessar a edificação, o uso dos elevadores e acesso às unidades residenciais. O sistema de monitoramento e serviço de portaria continuam indispensáveis porque essa tipologia de edificação exige toda atenção.

Fonte: ACV Arquitetura | Arquiteto Carlos Bortolato
Foto: Divulgação

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