Nesta primeira coluna de 2021 do Show do Imóvel, trazemos uma entrevista importante com um prognóstico do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense (Sinduscon), Mauro Sônego. Confira na íntegra:
Felipe Godoy – Qual as perspectivas para o mercado em 2021 com a baixa de juros?
Mauro Sônego – A taxa Selic nunca esteve tão baixa. Por isso, o investimento em imóveis se tornou tão sólido e seguro. Depois de um primeiro semestre em declínio, o segundo semestre de 2020 já igualou ao número de lançamentos do ano anterior. A construção civil sempre movimenta a economia. E a partir de Reformas principalmente Tributária e Política, estimam-se um crescimento de 3% do nosso mercado em 2021.
FG – Quais são os principais entraves do empresário da construção civil?
MS – Podemos avaliar que um empresário da construção civil chega a ter 10% do custo de uma obra preso pela burocracia. É preciso ser combatida principalmente com a união da iniciativa pública e privada, inclusive com as Reformas citadas anteriormente. Outras demandas a serem resolvidas vêm com uma boa gestão, a produtividade e melhorar a qualidade da mão de obra com o uso da tecnologia. Esta maior profissionalização dos gestores contribui com o crescimento de todo o setor.
FG – E como entidades como o Sinduscon contribuem para fomentar a construção civil?
MS – Através do Associativismo você consegue maior força para melhorar o setor, permite dialogar com todas as instituições de forma organizada e planejada, fazendo-se presente nas decisões e ajuda nas ações como durante a Pandemia. Por exemplo, ainda em março, buscamos com o SEST/SENAI um Protocolo de Segurança para orientar o empresário de como proceder para preservar vidas e empregos.
FG – E qual o conselho você fornece para o empresário do segmento?
MS – A construção civil vai se manter em alta. Quem já comprou um imóvel mesmo durante a Pandemia fez um excelente negócio porque o bem deve ser valorizado até pelo aumento dos insumos em toda a cadeia. E para atender o mercado, o empreendedor precisa atuar com mais eficácia e eficiência. Como não tivemos elevação na renda das pessoas, as construtoras vão precisar trabalhar melhor com o custo e a produtividade.
Fotos: Felipe Godoy | Divulgação