Dia Internacional das Mulheres na Engenharia: o início da jornada em um mercado competitivo

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Joinville – Que a engenharia é para todos isso ninguém pode negar. Nem mesmo imaginar que há alguns anos este mercado era lugar apenas de homens, algo muito distante para qualquer mulher. A mudança começou a partir de um novo comportamento visto na sociedade, principalmente a acadêmica. Foram os exemplos e as inspirações que trouxeram jovens como Ana Luiza dos Santos Azambuja, para esta ciência transformadora.

Ana Luiza conta que sua vontade de aprender mais sobre este meio veio através de seu pai, que é engenheiro elétrico. “Meu pai sempre falava muito bem do curso, da profissão dele, o que me levou no ensino médio a pesquisar mais sobre o curso e eu acabei me interessando também”, lembra a estudante, que hoje está no 9º período de Engenharia Elétrica, pela Udesc.

Sua trajetória na engenharia começou a ser traçada quando via seu pai trabalhando. Ela, ainda criança, pode acompanhar o dia a dia de um profissional que, sem dúvida, se tornou o maior incentivador na escolha da graduação de Ana Luiza. No entanto, outras pessoas, que impactaram diretamente na educação da futura profissional, tiveram influência neste caminho.

“Além disso, tive professores incríveis de física na escola, o que também me influenciou a ir para a área das engenharias”, comenta a estudante.

Atualmente, Ana Luiza é, além de discente, estagiária na Souza Mattos Engenharia Elétrica. É ali que aplica o que vê em sala de aula e que se dedica diariamente a aprender. E claro, com o apoio da equipe e supervisão do engenheiro elétrico Eneval.

Segundo ela, suas atribuições se resumem a auxiliar Eneval em determinados projetos. “Aqui, consigo colocar em prática aquilo que foi visto durante a faculdade, e ainda aprendo coisas novas todos os dias”, relata. É mais um importante passo para o desenvolvimento profissional de Ana Luiza, em um setor que, cada vez mais evolui.

O impacto

Neste Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, celebrado nesta quinta-feira (23), Ana Luiza faz uma reflexão sobre o papel da mulher dentro de um mercado em que o feminino, em alguns casos, ainda precisa de aprovação.

“Acredito que dentro da engenharia a mulher pode desempenhar qualquer função, desde desenvolvimento de projetos propriamente ditos, venda de produtos, administração de contratos, gestão técnica, laboratórios de testes e pós-venda, por exemplo”, diz a estudante que reforça: “Além de ser uma área que cada vez mais mulheres estão conquistando seu espaço e obtendo cargos de liderança, tendo assim mais visibilidade”, conclui.

Em constante aprimoramento

E par e passo à estudante de engenharia elétrica, está também outra sonhadora. Isadora Kessler de Godoy, estudante do 4º período de Engenharia Civil, pela Unioeste, vê na profissão uma oportunidade de crescimento e, acima de tudo, o exercício diário de evolução.

“Quando fui aprovada no vestibular fiquei muito feliz, pois aqui começaria a minha história na engenharia civil. Sua complexidade não diminui a vontade de atuar e de poder transformar o meio em que vivemos através da construção civil”, diz Isadora.

A estudante é uma das milhares de mulheres que buscam, por meio do ensino superior, ocupar funções que historicamente apenas eram preenchidas por homens. O acesso e a busca por uma graduação abrem espaço para que isso ocorra, e elas, sem dúvida, não têm medo do que vão encontrar à frente.

Ana Luiza e Isadora são dois exemplos de que a mulher trilha a sua trajetória desde cedo, lá ainda na adolescência, e que as possibilidades acontecem e caminham lado a lado com a educação.

Hoje, os projetos das duas estudantes ainda estão na esfera acadêmica. Mas, em breve, a certeza de que seus esforços estarão representados em arranha-céus e nos raios de luz que fazem parte do dia a dia de uma sociedade.

Fonte: Construir.aí | Marina Kessler
Fotos: Divulgação

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